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quarta-feira, abril 6

A aventura de ser ministra

Fomos ter com Isabel Alçada, que talvez conheças, não só por ser Ministra da Educação, mas por ser co-autora da colecção “Uma Aventura”. Falou-nos sobre o que fazia quando tinha a tua idade e explicou-nos um pouco do que se passa na Educação.



BI
Quando tinha 16 anos...
Era boa aluna?
Era, na maioria das disciplinas.
O que fazia nos tempos livres?
Muita coisa variada, desde estar com os amigos, fazer desporto, ler, etc. até organizar arraiais ou fazer um jornal para a escola. Adorava inventar e concretizar projectos.
Que música ouvia?
Rock, twist, e comecei com essa idade a ouvir música clássica.
Desporto?
Ginástica desportiva e natação.
Livro Preferido?
"Guerra e Paz" de Tolstoi
Algum dia imaginou que seria Min. da Educação?
Nunca!
Qual considera o maior desafio para a Educação em Portugal?
Que cada aluno possa olhar para o ato de aprender como um desafio que vale a pena vencer pois é determinante na sua vida. O aluno deve saber que só vai ter resultados se se esforçar, mas que de fato se for empenhado, alcançará o objetivo pretendido.

Considera que a avaliação dos professores é uma boa forma de aumentar a qualidade do ensino? Que outras formas estão a ser implantadas?
Acho que a avaliação tem bons resultados, em primeiro lugar porque põe os professores a comunicarem entre si e em segundo lugar, a olharem para si próprios , esforçando-se para melhorarem o seu desempenho. Claro que existem muitos outros domínios, que têm influência na melhoria da qualidade da escola. Por exemplo, o acesso a novas tecnologias e a melhoria das instalações.

Quais as características de um bom professor?
Deve conseguir lembrar-se sempre de como era quando tinha a idade do aluno. Deve também estar atento a TODOS os alunos da turma, criando um bom clima de trabalho. É importante que seja claro e interessante e que domine a matéria que ensina. E, naturalmente, que tenha respeito pelos alunos, interesse-se por eles e estimule-os a ser autónomos. E claro, que seja rigoroso do ponto de vista científico.

E do aluno?
Ter um auto-domínio e um espírito de sacrifício.Saber que só com empenho no estudo é que irá ter resultados. Muito importante também é a vontade e o interesse pela aprendizagem. Repare que não falei na inteligência, pois acredito que só através do esforço é que se consegue resultados. Não acredito em bons alunos que dizem que estudam pouco. Mas é importante ter curiosidade intelectual.

Quais as medidas a serem tomadas para evitar o bullying?
Existe o Gabinete Coordenador da Segurança nas Escolas que tem 585 vigilantes espalhados pelas escolas a trabalhar com as PSP e GNR locais para actuarem de uma forma rápida em caso de situações mais problemáticas. Este gabinete acompanha e apoia a intervenção nas escolas. As escolas têm assistentes operacionais que estão treinados para detectar as situações problemáticas. Os professores e directores tambem têm formação e estão atentos ao relacionamento entre os alunos. Claro que os alunos devem saber que, se infringirem o regulamento, são castigados. Os alunos são sensibilizados para compreenderem as consequências das agressões (físicas ou psicológicas). Existem também projectos de actividades musicais ou desportivas ou ainda outras que absorvem a atenção dos alunos, proporcionando-lhes ocupações úteis que os desviem de outro tipo de actividades.

O que mudou na educação na última legislatura?
Saliento o investimento que foi feito na melhoria de condições das escolas. Muitas escolas estão com infra-estruturas fantásticas, laboratórios, bibliotecas e outros espaços educativos ao mais alto nível. O mesmo se pode dizer das novas tecnologias aplicadas em espaço escolar, como os quadros interactivos, o computador portátil e o uso da internet para o ensino.

Qual o marco que quer deixar nesta legislatura?
Não quero deixar nenhum carimbo, quero é que todos sintam o quanto a educação é importante para o desenvolvimento do nosso país. Gostava que os alunos sentissem que aprender é fundamental para o desenvolvimento da nossa cidadania e que cada um tome consciência que quando investimos no bem comum, o indivíduo também está a ganhar.

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