Existem dois tipos de energias: as renováveis e as não renováveis. Contudo a utilização e opção por uma ou por outra tem prós e contras. Ora vejamos:
1. Regularidade
A irregularidade dos recursos naturais precisos para a produção de energia renovável impossibilita uma opção exclusiva por este tipo de energia. Ninguém pode, nem quer, correr o risco de não ter energia quando precisar.
2. Ambiente
As energias renováveis embora não poluentes - não produzem emissões de gases de efeito estufa bem como outras emissões, como acontece com as não renováveis - têm vários problemas ecológicos e ambientais que, por vezes, limitam a sua utilização. Por exemplo, nem todos gostam de ver uma série de torre eólicas ou painéis solares a fazer parte de uma paisagem.
3. Capacidade
Apesar de poderem ser mais baratas – preço x quantidade produzida – as energias não renováveis são finitas: um dia deixarão de existir. Ao passo que as energias renováveis existirão sempre, porque as suas matérias-primas são inatas e eternas.
4. Custos
A produção de energia renovável envolve elevados custos, que têm sido suportados por subsídios estatais que os países têm fomentado para que este investimento possa ser atractivo e vantajoso. Sem os mesmos, toda esta “onda” renovável, seria diferente.
Então porque razão se tem falado tanto nas energias renováveis? Não nos deveríamos concentrar nas energias não renováveis por serem garantidas e menos dispendiosas enquanto estas existirem? De fato, apesar dessa evidência o Mundo uniu-se em prol de um bem único: o ambiente. Criando medidas limitativas e prudentes como o Protocolo de Quioto e outras importantes incitativas e objectivos, tem-se fomentado uma forte aposta na utilização das energias renováveis.
Contudo, a energia de fonte renovável devido à sua volatilidade e incerteza de existir quando precisamos dela para além do seu elevado preço, não permite que possamos substituir completamente as energias não renováveis. Ninguém pode nem quer correr o risco de tocar no interruptor e não ter luz. Este facto faz com que a energia de fonte renovável se torne mais um suporte alternativo para as não renováveis do que uma verdadeira concorrente.
Por isso, o grande desafio passa por encontrar o equilíbrio entre o preço da certeza de termos energia quando queremos, com o custo que essa certeza nos acarretará no nosso futuro.
Este equilíbrio deverá ser fomentado e procurado por cada um de nós, com a consciência de que a energia que nos ilumina, desloca, anima e acompanha é um bem cada vez mais escasso, caro e razão dos principais conflitos e guerras que existem no Mundo.
E tu o que podes fazer para contribuir para uma solução? Basta utilizares a energia de uma forma mais responsável e calculista. Agarra este desafio!
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Texto de: Bernardo Theotónio Pereira
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